Havia uma época em que eu lia os escritos de Jiddu Krishnamurti e achava tudo aquilo muito certo. É verdade, o Krishnamurti nada mais fazia que repetir alguns dos ensinamentos básicos do budismo, se não me engano muito. Isso de que o desejo é o mal de todas as coisas. Sofremos todos porque desejamos aquele sapato na vitrine. Eu, hoje, passados alguns anos, penso que é o medo.
Outro dia vi um filme bastante curioso a propósito disto, do medo. O filme é norte-americano, e por isso sejamos condescendentes. Chama-se O Novoeiro e é baseado num livro de Stephen King. É um filme de horror, como não podia deixar de ser. O horror neste filme, é, todavia, bastante sofisticado, a despeito de não querer parecer sê-lo. Tem por tema O Medo Muda Tudo. Muda. O medo muda absolutamente tudo.
Mas por que é que temos medo e do que temos medo? Do desemprego, talvez? Da solidão? De sermos mal-vistos, de não sermos amados? Tememos as catástrofes, o fracasso, o infortúnio? A morte? Aquilo que sentimos de fato? E a verdade, ou mesmo o desconhecido?
Acordamos e vamos dormir com medo - e é este, tão óbvio assim, o mal do século, Krishnamurti.
Mas é preciso perder o medo: do sexo, da musa, da perda, de mim.
10.06.2008
O Medo
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1 comentário:
Cá está.
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