A Amanda está apaixonada por Dirceu há mais de um ano. Nem sabe muito bem como começou. O certo é que suspeita agora ser tarde demais. Eu nunca vi o Dirceu senão em foto. A Amanda manda-me fotos do Dirceu como se isso fosse mudar alguma coisa. Eu desconfio que o Dirceu gosta mas é de rapazes, para o azar das Amandas. Não vale a pena: costumamos alimentar umas paixões arrebatadoras por aquilo que sabemos impossível. Todo sofrimento decorre disto, já diziam os budistas aqui há tempos. Como diria a Amanda uns séculos depois, costumamos confundir aquilo que desejamos mortalmente com amor e tudo vira uma fantasia sem freios, uma quadrilha drummondiana. Eu quero estar fora desta roda.
11.23.2007
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