11.29.2007

Fuga da Prisão - Prison Break, Série 3, 3*

Ouvir!Às vezes, quando gostamos realmente de uma série televisiva, seja pelo fulgor ou novidade da narrativa seja por nos identificarmos continuamente com os seus elementos simbolistas, somos capazes de lhe perdoar as maiores argoladas e chegar ao ponto de imaginar tramas na nossa cabeça só para redimir os artifícios guionísticos a que recorrem os autores. É o que dou por mim a fazer após as estreias semanais de cada episódio desta nova série da Fuga da Prisão, religiosamente retransmitida pela blogosfera e por essas torrentes afora. E isso não é bom, minhas amigas, isso não é nada bom.

No início, eu ainda curtia aquela onda da remodelação completa: ah, a fórmula dos prisioneiros em fuga já estava mais que batida, e até esquecemos aquela trapalhada do último episódio da segunda série, lançando desesperadamente a ponte entre a planeada redenção dos irmãos e um novo e derradeiro encarceramento do Scofield. E, de facto, como qualquer uma de vós, eu sou um grande fã do engenheiro de estruturas, e até me dou ao trabalho de vez em quando me pôr a imitar o tipo de voz superaspirada que ele tanto gosta de fazer. Pois é, e o Burrows até aparece todo estiloso, ali a andar de camisa fora das calças, a meio do Panamá, como se de repente a série tivesse apanhado uma aragem vinda dos lados do Miami Vice. Isso, mais as latiníssimas frontarias da namorada do Assobiador e da namorada do Leiteiro, também conhecido por Normando, até deu para disfarçar o ar de coisa feita a martelo que algumas das opções do Scheuring começavam a ter.

O problema é que as novidades depressa se gastaram, recambiadas à justa condição de elementos decorativos, e já não há nada que possa esconder o óbvio: que os gionistas andam desesperadamente à procura de boas ideias com que coser o resto da trama, procurando à força toda manter um pouco dessa impetuosidade que deixou os espectadores presos ao ecrã durante a primeira série. Quer dizer, já se sabe que a Sara tinha de morrer, porque só assim o Scofield teria justificação para a sua vingançazinha, que será como se sabe uma vingaçazona, blablablá, para que a série tenha o seu resgate final e para que, enfim, possamos ser salvos da inominável Empresa. Parece-me sobretudo má a decisão da Fox de ter mantido o pessoal dentro da prisa por tanto tempo. Isso fez com que os episódios acabassem por ficar com ritmos tão diferentes, sobretudo o quinto e o sexto comparados com o sétimo e o oitavo, que no final dá a ideia de que a história anda aos solavancos, mercê das pressões editoriais que têm sofrido os criadores. Será que a Fuga da Prisão se deveria ter ficado por apenas uma série? Enfim, ainda nos faltam catorze episódios para responder a essa pergunta. Mas que a segunda foi muito inferior à primeira, tal como a terceira está a ser até agora, disso ninguém tem dúvidas.

11.23.2007

Protect Me

Ouvir!A Amanda está apaixonada por Dirceu há mais de um ano. Nem sabe muito bem como começou. O certo é que suspeita agora ser tarde demais. Eu nunca vi o Dirceu senão em foto. A Amanda manda-me fotos do Dirceu como se isso fosse mudar alguma coisa. Eu desconfio que o Dirceu gosta mas é de rapazes, para o azar das Amandas. Não vale a pena: costumamos alimentar umas paixões arrebatadoras por aquilo que sabemos impossível. Todo sofrimento decorre disto, já diziam os budistas aqui há tempos. Como diria a Amanda uns séculos depois, costumamos confundir aquilo que desejamos mortalmente com amor e tudo vira uma fantasia sem freios, uma quadrilha drummondiana. Eu quero estar fora desta roda.

11.21.2007

The Prosody of EP Expressive Speech in SPPs to Direct Complaints - Pt2

Ouvir!Pois é, pá, tens toda a razão, desculpa lá, isto... sabes como é que é, pá, o pessoal anda sempre numa roda-viva, sempre chamado para aqui e para ali, é difícil, pá, sabes que é difícil, pá, desculpa lá!

[Now a little bit of that beautiful tune of Rollins']

11.19.2007

The Prosody of EP Expressive Speech in SPPs to Direct Complaints - Pt1

Ouvir!Ninguém merece? Ninguém merece??? F**a-se, mas que p**ra é esta, c**alho, mas que p**ra é esta?

E não é Ângelus, ó palhaço analfabeto, é Angelus, p**ra! Não sabes falar latim? Nunca ninguém te ensinou a pronúncia restaurada ó ignorante de merda?

F**a-se, para o c**alho com esta merda, pá!

11.17.2007

Ninguém Merece!

Ouvir!Ninguém merece, ninguém merece, ó Angelus, este teu absentismo bacoco. Mas afinal quando é que te vais pôr na linha? Quando é que vais atinar?

11.11.2007

Aniversário

Ouvir!Piedade costuma dizer para todo mundo que detesta o dia do aniversário dela. Detesta que lhe dêem os parabéns, detesta receber presentes, detesta que lhe tirem fotografias. Lembro-me de uma vez, já há muito tempo, em que organizamos uma festa surpresa para ela na universidade. Nunca vi Piedade tão enfurecida em minha vida. Ela ficou vermelha, zangada, bateu a porta e foi embora. Até então pensávamos que tudo aquilo não passava apenas de uma fantasia que ela havia criado para si, e que não se importaria, afinal, se comemorássemos a data com balões, bolo, chapeuzinhos e línguas de sogra. Ficamos tão assustados com a reação dela, que estivemos ali por minutos sem saber o que fazer com aquela vela acesa.

A despeito de tudo isso, penso que ela gostou do almoço que organizei no primeiro de junho, em 2003, por ocasião de seu aniversário. Nada foi ali mencionado, é claro, mas ela sabia a razão pela qual estávamos reunidos. Ademais, escolhi um restaurante do qual ela gosta bastante, o Portoferreiro. Tomou um martini de aperitivo e comeu um seu prato preferido, regado de um bom vinho nacional. Ficou tão feliz, mas tão feliz que o diabo, inimigo da boa-ventura, fê-la cair na mesma noite, rachar a testa e machucar a bacia.

Um mês depois, no mesmo ano, Piedade convidou-me para almoçar no Dão João, um restaurante português da família Valença. O serviço no Dão João é bastante agradável. Tocam boa música e têm um cardápio relativamente sortido. Pedi um Arroz à Moda do Chefe, que vinha com camarões, lagosta e lascas de bacalhau. Se fosse um arroz diferente daquele que usaram na receita, talvez o prato fosse mais interessante. Piedade tomava uísque e falava em cinema. Queria ver As Horas, por conta de um curso que está oferecendo na pós-graduação. Já no segundo copo de uísque, percebi que o discurso de Pia começava a se tornar mais e mais afetuoso. Durante a sobremesa, ela começou a dizer como estava feliz por eu estar de volta, como era um prazer poder oferecer-me aquele almoço, etc. Prometeu-me o número da revista Continente que fala sobre o Recife, algo que já venho há tempos querendo comprar.

É curioso que, a despeito de fazer todo o alarde no que toca à comemoração de seu aniversário, Piedade faz questão de mostrar que lembra e se importa com o aniversário dos amigos. Eu não penso ser fundamental que se lembrem do dia em que faço anos, mas ao final acabo sempre por fazer um balanço de quem telefonou, de quem escreveu e de quem não fez nem uma coisa nem outra.

Hoje é o aniversário da Janaína. Parabéns, Janaína.

11.09.2007

O Cinema Gay e a Janaína

Ouvir!A minha amiga Janaína uma vez jogou a meio de uma de nossas conversas regadas a martini um tópico sobre o qual tenho muito pouco conhecimento. Aliás, um subtópico: o cinema gay. A Janaína, profunda conhecedora da Sétima Arte, acha válida a iniciativa dos homossexuais de retratarem em tela grande o universo em que vivem. O que lamenta é que, na maioria dos casos, o resultado seja sofrível. Quem já viu o Sun Kissed (Patrick McGuinn, 2006) que o diga.

Na verdade o que penso ser um grande problema dos filmes de temática gay é justamente o fato de partirem do princípio que o tema é em si um problema. Estão sempre aflitos os gays na maior parte dos filmes que vejo. Não têm sossego. Ora se atormentam pela condição, ora são vítimas dela. Mas arrisco-me aqui a soar homofóbico. Dizer que os filmes sobre o Holocausto são repetitivos e aborrecidos não haverá de ser uma atitude anti-semítica?

Entretanto é preciso cautela; há uns filmes nessa linha muito bons. Consideremos o Maurice, por exemplo, que funciona tão bem quanto o livro homônimo do E.M. Foster, no qual foi baseado (uma raridade notável). Há ainda o Gods & Monsters e o Love and Death in Long Island. Mas esses são uma exceção.

O comentário da Janaína talvez reflita apenas o fato de existirem ainda muito poucos filmes de temática gay em circuito comercial. A maior parte das produções do cinema gay continua sendo independente (como o Sun Kissed) - o que acaba por gerar uma série de problemas. O principal deles tem a ver mesmo com os defeitos comuns do cinema independente: a produção precária resulta por vezes em resultados pouco satisfatórios. Concluir, a partir daí, que o cinema gay é ruim haverá de ser injusto. Sobretudo se considerarmos a quantidade de filmes “straight” indecentes lançados a cada hora no mercado.

No fundo, tudo isso é resultado de uma problemática maior, que é mesmo o tabu que o homossexualismo continua sendo no mundo em que vivemos e, por conseqüência, na Sétima Arte. Acredito que avançar na produção e distribuição de filmes de temática gay haverá de colaborar para tornar o tópico mais trivial e isso poderá eventualmente colaborar para que eu e a Janaína mudemos de opinião.

11.07.2007

Brasileiras e Macedônias

Ouvir!Há uma nova brasileira em Santo André. Ontem apresentou-ma a Marija, uma mulher da Macedônia que fala português com sotaque lisboeta. Outro dia a Macedônia encontrou-me meio afobado em direção aos correios e perguntou-me se eu já conhecia a brasileira. Não, não conheço. Quem? Ora, está fazendo o seu doutoramento aqui. Então a ver. É preciso conhecer todas as brasileiras do mundo. Mas ontem é que fui conhecer a brasileira, cujo nome - a despeito de ela ter-me dito pelo menos umas duas vezes, esqueci.

É das Minas Gerais a brasileira, e fala com um sotaque mineiro muito bão. Mas fala baixinho, quase não se ouve o que diz. Anda meio atrapalhada com o inglês - foi a primeira queixa que fez. Mas se não somos todos os brasileiros? Não sei mais nada, sei muito pouco. É casada e vai receber o marido em dezembro. Foi rápida em mencionar o marido e olhar para a foto dele já colada na escrivaninha.

Tenho muita simpatia por essas brasileiras no exterior, perdidas assim e mal falando inglês. É preciso que mostrem logo recato e a fotografia de um marido na escrivaninha porque as Macedônias não as perdoam.

A primeira vez que conversei com a Marija foi um desastre. Tomávamos vinho português e lá ela começou a falar mal dos portugueses e de Portugal. Como sofria a Marija! Sofria, sofria! Para piorar, era freqüentemente tomada por espanhola ou brasileira. As espanholas em Portugal - eu sabia - eram consideradas umas vagabundas. As brasileiras, prostitutas. Fiquei tentado a perguntar o que acham os portugueses das macedônias, mas resignei-me e tomei mais um gole de vinho.

Eu acredito que na Macedônia as pessoas gostam de falar e gostam de fazer generalizações. Tenho muita curiosidade de passar uns dias no País natal do Alexandre, por quem nutro profunda admiração. Mas agora estou mais preocupado em saber como faço para convidar a brasileira para tomar um café.

11.06.2007

Room At The Top

Ouvir!Vi o Room At The Top ontem à noite porque tenho um certo interesse pelo cinema britânico. Sobretudo o cinema britânico dos anos sessenta, da fase que ficou conhecida por The New Wave, ou - melhor ainda - The Angry Men Cinema. Um de meus filmes preferidos dessa fase é o This Sporting Life, do mesmo diretor de If... Mas foi o Room At Top que vi ontem e é sobre este filme que vou escrever.

Ora, o Room At The Top é um melodrama clássico, filmado em branco e preto, com diálogos muitas vezes artificiais e uma etérea Simone Signoret olhando sempre para um ponto indefinido entre uma xícara de chá e um copo de uísque. É a história de um jovem pobre que quer se dar bem na vida aplicando o famoso golpe do baú. Acontece que a meio do caminho está a Simone Signoret: charmosa como deve ser uma francesa quarentona em fins da década de cinqüenta. Joe Lampton se vê então diante de um dilema. Um dilema moral. Aqui, é claro, eu poderia fazer uma ligação com o boníssimo This Sporting Life, mas prefiro restringir-me ao filme do Jack Clayton.

A razão porque decidi escrever sobre esse filme é bem peculiar. Sim. Não achei esta uma obra particularmente memorável, mas também não sei como posicionar-me em relação a ela. A peculiaridade está aí: em geral costumo abordar aquilo para o qual tenho já formada uma opinião. Escrevo sobre o Room At The Top aqui para tentar compreendê-lo melhor.

Assim, por exemplo, compreender porque o Joe se apaixona pela Simone e porque a Simone - que ganhou um Oscar por sua atuação nesse filme - está sempre a apontar a diferença de idade entre os dois. A Simone no filme não faz papel de femme fatale - muito pelo contrário. Comporta-se bem. Talvez porque já estivesse beirando os quarenta anos - o que nos traz de volta a questão da idade. A minha amiga Maria de Fátima costuma dizer sempre que é horrível envelhecer. A Simone Signoret parece pensar assim, pois está sempre a usar esse tom trágico no rosto. Um tom trágico, mas, ao mesmo tempo, etéreo. Um ar de fatalidade.

Os temas abordados nesse filme parecem bastante avançados para a época, mas essa é uma característica do movimento New Wave. Hoje nem incomodam. O que de fato me incomoda - além de não saber ao certo para onde a Simone Signoret está olhando - é mesmo o fatalismo que todos no filme parecem abraçar. Mas é essa afinal a essência do melodrama - uma percepção exagerada de tudo que os mais sensatos procuram evitar.

11.04.2007

Marta Hugon, Lux, 17.10.07, 5*

Ouvir!Okay, I kind of had prepared myself for this gig. I even went all alone to Lux so that nothing would distract me from the experience of hearing Marta present her new yet unreleased album. Not that it was intentional, but in the end I reckon such an intention would be deemed fully justified, as it takes your full attention span (and not some idle chit-chat with your funky jazz friends) to be able to appreciate such a fulfilling event.

Oh my, and what a joy this has been! After getting straight to business with a sweet rendering of 'In Love in Vain' (even more uptempo than on the album), she started unravelling the new songs. Storyteller, we're told, will be the name of the new package.

Of course it would be premature to indulge into discussing the narrative merits of her enterprise as soon as this, whilst the album hasn't even been released, so I'll ramble as little as possible about the new stuff. I can sure predict this will be a heck of an album, though, starting off with the delicious 5/4 of Good Morning Heartache.

Then there's also a great version of Justin Time including some very tasty beat displacement phrases by Mr. Sousa Machado. That was the first time I've heard him doing such thing, I think. Anyway, you can hear the nice touch of Mr. Melo's arrangements plastered all over the new songs.

[...]

Okay, but no more talk about the new album. Let's talk stage presence. Actually before the gig started, I was discussing which angle she would choose to face the audience on such an odd-shaped stage or whether she would cover a different angle in each song. Well, that turned out not too far from the truth, actually, and I think she really took the most intelligent approach about that. She would spin from song to song or even spin a little bit during some of the songs, so everybody could catch a glimpse of her dazzling eyes.

Again she came with her trademark slightly oversized shoes... yet not so oversized as to prevent her from doing that effective spinning whilst on stage. Yeah, really sexy legs, and really nice lighting over them. Too bad the photographer girl flicking around didn't get that.

Her speech interludes were very subtle and precise, yeah, just like her pitch and her English pronunciation. And even though this was a sort of premiere (probably only foresung in the Albufeira gig she did in September), she's very comfortable with the new material.

Now as far as the sound goes, I'm afraid it was insanely bassy. It may have suited some of the less jazzier acts, like the wonderful Crash Into Me version, but not the concert overall. But then again this a very exquisite room for a jazz gig so we can't be too demanding as far as the acoustics go.

Finally, a word of praise must be directed towards the guest appearances: Mr. Moreira and Mr. Fernandes really did some top-notch contributions, especially in the final song. So in the end the five stars mean this gets to be as good as vocal Portuguese jazz can be. But then what do I know: I'm just a stupid elliptical fan of Marta.

11.03.2007

Registos de Voz

Ouvir!Uma questão que tem estado alegremente omissa do código penal português é a dos registos de voz, enfim como a dos registos de áudio em geral. E eu digo alegremente porque para alguém como eu, que tenho por profissão escutar as conversas dos outros, a situação não poderia ser melhor. E é também altamente favorável a empresas como a TMN e o Millenium, que assim podem confortavelmente gravar todas as chamadas de e para os seus serviços sem que tenham sequer de avisar os clientes de que estão a fazê-lo.

E o que muitos ignoram é que existe de facto uma pequena indústria ligada à produção e ao consumo desse tipo de material. Não somos apenas os detectives privados e as pessoas que produzem aquelas péssimas transcrições para o tribunal que trabalham para empresas que lhes pagam pessimamente e no entanto recebem fortunas pela redacção dessas transcrições. Agora até haverá alguém encarregado de fazer "um guia de boas práticas no que toca à realização de escutas telefónicas".

Ora mas que bela ideia: um guia de boas práticas para escutar as conversas dos outros! Parece-me a mim uma iniciativa singularmente louvável, até porque, provavelmente ao contrário da maior parte das pessoas, eu considero esta uma profissão de grande nobreza. Quer dizer, se eu passar o dia a ouvir as conversas dos outros, tenho com certeza muito mais oportunidades de ficar sabendo de coisas interessantes do que se passar um dia especado à frente da televisão. E, pelo menos, posso ficar a saber a opinião que diferentes pessoas têm sobre o mundo ou sobre um assunto específico sem que eu tenha de expor a minha, logo sem que tenha de haver discussão e sem que haja oportunidade para andarmos à chapada ou aos tiros.

Enfim, é claro que isto será mais uma forma goffmaniana ou saquesiana de encarar as coisas. Mas para mim esse é já um facto indiscutível: ouvir as conversas dos outros pode ser também uma forma de perceber o mundo e o modo como nos relacionamos.

O problema é que agora, com a tristemente célebre polémica das escutas, os legisladores já começaram a pensar seriamente sobre o assunto. É uma matéria que carece de regulação urgente, como já tem sido bastas vezes discutido em público, e qualquer dia vão mesmo fazer uma leizinha para nos lixar a todos.

11.02.2007

Right in Two

Ouvir!Like the Tool song, you know, but with some Brazilian/Portuguese flavours.